Com a demolição das barracas de praia, os banhistas soteropolitanos que foram curtir o fim de semana de sol nas praias passaram por situações incômodas muito mais relevantes do que a falta de peixe frito ou cerveja gelada. O primeiro fim de semana sem as cabanas deixou milhares de pessoas sem ter para onde recorrer na hora do aperto, pois a orla da capital não possui estrutura de banheiros públicos com capacidade para atender à população. Foi o que reclamou o cobrador de ônibus Genilson Vieira. “Tem que andar uma légua, ficou péssimo”, afirma. Para substituir as mesas e cadeiras dos antigos estabelecimentos, ambulantes alugaram os itens por R$ 3 a unidade, como a garçonete da antiga barraca Oxumaré, Elinalva Carvalho, no Farol da Barra, que além das cadeiras, tentava atrair os banhistas com um isopor para vender bebidas. “Sábado consegui vender duas caixas de latão, mas na barraca eram de 10 a 20 grades”, lamenta. No entanto, para o antigo gerente da barraca Paradiso, em Praia do Flamengo, Wellington Paixão, o movimento foi satisfatório. “O dinheiro está mil vezes melhor. Os grandões é que não vão querer queimar o pé na praia”, alertou.
Fonte: Bahia Notícias