terça-feira, 3 de agosto de 2010

Confira as 10 perguntas mais feitas com sugestões dos especialistas

Finalmente chegou o grande dia. Você se arrumou todo e seguiu para a sua tão esperada entrevista de emprego depois de visitar o site da empresa que convidou você para a seleção. Você tinha certeza de que a vaga era sua até que veio aquela pergunta...

Calma! Não há motivos para preocupações. Selecionamos aqui as dez perguntas mais frequentes nas entrevistas de emprego, comentadas por consultorias de Recursos Humanos e por coordenadoras de seleção de grandes empresas locais, como a Ford e a Coelba, para você não se enrolar na hora H.

Porém, é importante destacar que não há um roteiro predefinido para a entrevista, muito menos um rol de perguntas básicas, já que cada candidato é único, e cada vaga tem suas necessidades.“Não é receita de bolo, não seguimos nenhum padrão nessa hora, pois o que diferencia um bom selecionador é a capacidade dele elaborar novas questões de acordo com o nível da funçãoparaa qual está sendo feita a seleção”, esclarece Maria Amália Costa, gerente de Recursos Humanos da Ford em Camaçari.

FÓRMULA 
Não existe uma fórmula para responder as perguntas de uma entrevista de emprego. Os especialistas garantem que respostas prontas não são bem-vistas. “A resposta pronta sempre soa artificial”, observa Adriana Serrado, gestora de consultoria interna da Coelba. Maria Amália, da Ford, afirma ainda que “o discurso pronto pode mostrar contradições no candidato”. 

A preparação é fundamental para o candidato se sair bem em uma entrevista. “Ele deve olhar o currículo, repassar asexperiênciasque viveue relembrar seu histórico profissional, para não sair da entrevista sem dar aquele detalhe que poderia fazer a diferença”, destaca Aline Cunha, consultora em Recursos Humanos para grandes empresas multinacionais.

Outra dica importante é buscar se conhecer melhor, para não tremer nas bases perante um simples “fale sobre você”. Esta, aliás, é uma pergunta relativamente fácil, porém, que poucos conseguem responder. “As pessoas que mais se destacam são aquelas que têm o maior nível de autoconhecimento”, pontua Aline Cunha.

Um ponto crucial destacado por Maria Amália Costa é o planejamento de vida. E para quem não definiu esse plano com clareza, ela dá uma dica. “É possível buscar ajuda com pessoas conhecidas para traçar esse roteiro. Todo mundo tem um familiar em quem confia, um professor que serve de modelo ou um amigo que pode orientar”. Então, vamos às dicas, e boa entrevista!

QUEM É VOCÊ?
Pergunta clássica em qualquer entrevista, ajuda o selecionador a perceber o nível de autoconhecimento do candidato. Segundo Patrícia Pereira, consultora em Recursos Humanos da Catho Online, essa resposta deve envolver um conteúdo sucinto, direto e que esteja relacionado somente ao seu perfil profissional, valorizando- o sem exagerar.

QUAL A SUA EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL?
O entrevistador espera que você relate de forma resumida como foram os últimos anos de sua carreira, que atividades e atribuições vivenciou. É a hora de mostrar os resultados que alcançou nas empresas por onde passou, se possível com dados numéricos. E é bom ficar atento quando falar sobre os seus atributos, para não parecer que está se supervalorizando. “O candidato deve ser objetivo, mas não seco, porque empatia também faz parte do processo. Aliás, os relacionamentos são a chave para tudo”, alerta Aline Cunha, consultora de RH para grandes empresas multinacionais.

QUAIS SEUS PONTOS FORTES E SEUS PONTOS FRACOS?
Falar sobre as qualidades, todo mundo consegue. Já sobre os defeitos... Adriana Serrado, gestora de consultoria interna da Coelba, observa que nessa hora muitos entrevistados recorremàs chamadas “respostas de bolso”, ou seja, aquelas retiradas da internet, e isso não é bom, pois tira a autenticidade do candidato.

A consultora da Catho Online, Patrícia Pereira, indica que o mais adequado é citar algum ponto fraco que seja uma característica boa, só que em excesso, por exemplo: persistente demais, exigente demais ou muito autocrítico. “Exagerar uma qualidade é um defeito, porém, mais aceitável”.

QUAIS DESAFIOS VOCÊ JÁ ENFRENTOU?
Aqui, a intenção é que o candidato conte como superou esses desafios, que soluções encontrou. Mesmo que não tenha obtido o resultado esperado, é fundamental ser sincero. “Sem dar detalhes, o candidato pode deixar claro que essa situação lhe serviu de aprendizado, o que mostra que ele está em constante desenvolvimento e procura se superar”, orienta Aline Cunha.

COMO VOCÊ LIDA COM MOMENTOS DE DIFICULDADE OU DE MUDANÇA NA VIDA PROFISSIONAL E PESSOAL?
O objetivo desta pergunta é descobrir se o entrevistado é aberto, receptivo, colaborativo e se tem fácil adaptação. Na opinião de Aline Cunha, é um dos pontos de maior riqueza em uma entrevista, pois identifica a coerência entre o âmbito profissional e a vida pessoal do entrevistado.

Como cada um temsua experiência de vida, ele pode escolher se quer falar sobre a vida escolar, como trabalha em grupo, esporte que pratica. Não existe uma forma adequada de responder a esta pergunta. Então, o ideal é ser sincero.

QUAL O SEU PLANO DE VIDA?
Esta é uma das perguntas mais difíceis de se responder quando o candidato não templanos de vida de curto, médio ou longo prazo. A gerente de recursos humanos da Ford em Camaçari, Maria Amália Costa, ensina que o entrevistado seja autêntico na hora de responder a esta pergunta.

“O candidato nunca é ele mesmo quando se vê diante de respostas prontas”. Aqui, vale falar sobre os cursos que mais o atraem na área profissional, o que espera ter alcançado nos próximos cinco anos e, principalmente, se o que projetou até o momento foi alcançado.

COMO VOCÊ REAGE QUANDO SEU TRABALHO É CRITICADO?
Todo mundo já foi criticado em pelo menos algum momento da vida profissional, então, não dá para fazer de conta que não é com você. “O ideal é falar a verdade, mas deixando bemclaro para o entrevistador o que aprendeu com a lição”, ensina a consultora da Ricardo Xavier, Jozete Bezerra.

QUAL A SUA PRETENSÃO SALARIAL?
A chave para responder a esta pergunta é a flexibilidade. A empresa não quer saber um valor exato, mas sim o valor confortável para o candidato, percebendo que ele consegue se adaptar a outras situações. Mesmo que o salário não seja exatamente o esperado, a empresa pode propor outros benefícios. “Se for flexível, o candidato pode manter a porta aberta para oportunidade até em outra vaga”, pontua Jozete Bezerra.

COM QUE TIPO DE PESSOA VOCÊ NÃO CONSEGUIRIA TRABALHAR?
Não corra o risco de criticar pessoas com adjetivos negativos, pois pode haver alguém com essas características em sua futura equipe. “Diga a verdade, mas com a ressalva de que consegue se adaptar, mesmo se precisar trabalhar com alguém com esse perfil”, indica a consultora Jozete Bezerra. A gerente de recursos humanos da Ford em Camaçari, Maria Amália Costa, dá outra dica: “Não existe perfil perfeito, mas a adaptação ao perfil da empresa e à equipe de trabalho onde ele vai se inserir”.

POR QUE VOCÊ MERECE SER CONTRATADO?
Nesta questão, há unanimidade. As consultorias apontam que o candidato deve estar muito bem informado sobre a empresa na qual pretende trabalhar. “Ele deve visitar previamente o site da empresa, saber no que ela trabalha, o que ela faz. Para responder com segurança, o entrevistado deve demonstrar real interesse em fazer parte da empresa”, indica Adriana Serrado, da Coelba.

Conversa virtual
Em tempos de globalização econômica, temsido cada vez mais comum que as consultorias de Recursos Humanos façam entrevistas a distância. Acostumada a prestar esse tipo de serviço a grandes empresas multinacionais, Aline Cunha conta que nesse tipo de entrevista o candidato deve observar atentamente alguns detalhes que podem comprometer o resultado final.

“Hoje em dia, as empresas usam recursos maravilhosos, mas por telefone ou via internet muitas informações podem ser distorcidas ou manipuladas”, conta. Sendo assim, se é inevitável que sua entrevista seja a distância, tente marcar um horário específico para a conversa, no melhor momento para você.

Certifique-se também de que não terá barulhos neminterrupções à sua volta, e principalmente de que o computador não tenha nenhum problema que corra o risco de interromper a conversa. Levar o notebook para a cama, nem pensar! “O ideal é estar sentado, com mesa arrumada e tendo como fundo uma parede neutra, pois o foco deve ser o candidato”.

Quanto às demonstrações da vida pessoal, ela alerta que podem ser um risco, pois dependem da percepção do entrevistador. “Se o candidato não estiver seguro, é melhor não arriscar. É importante que o candidato encare a entrevista como uma troca, pois isso vai ajudá-lo a perceber os limites”, arremata a consultora. E, na hora de responder às perguntas, autenticidade é fundamental. “Mas o entrevistado não pode confundir autenticidade com despojamento”, alerta Aline Cunha.

Falta de experiência não é empecilho para candidatos
Pessoas sem experiência profissional não precisam temer a hora da entrevista de emprego. “Falta de experiência só é problema para alguns cargos. Em outros, quem nunca trabalhou será avaliado por seu histórico pessoal, seus cursos, o que mais se identifica”, esclarece Adriana Serrado, gerente de consultoria interna da Coelba.

Notícia publicada na edição impressa de 02/08/2010 do CORREIO

Doação de recursos pela internet não engrena no Brasil

Apesar de a reforma eleitoral de 2009 ter regulamentado a captação de recursos para as campanhas através da internet, nenhum dos três principais candidatos à Presidência da República e nenhum dos concorrentes ao Governo da Bahia adotou a estrutura para doações online com pagamento através de cartão de crédito ou boleto bancário. Apenas os sites da senadora Marina Silva e do deputado federal Luiz Bassuma, respectivamente candidatos do PV ao Palácio do Planalto e ao Palácio de Ondina, possuem uma sessão intitulada “Doe para Campanha”, onde o internauta preenche um cadastro com alguns dados pessoais.

Segundo a assessoria de comunicação da campanha estadual do PV, o setor financeiro entra em contato com os interessados para que a doação seja efetuada pessoalmente, com entrega de recibo eleitoral. O uso de cartão de crédito como forma de pagamento na internet ainda está em “fase de estruturação legal” e será definido através de “decisão nacional do partido”, de acordo com a assessoria. A campanha de Marina Silva, por sua vez, informa através do site que os internautas cadastrados serão avisados quando a captação de recursos online for iniciada.

Em 2008, a campanha de Barack Obama arrecadou mais de 500 milhões de dólares através da internet. No entanto, para a maioria das coligações e partidos brasileiros, a captação de fundos online ainda está “em fase de estudos”. De acordo com Falcão, coordenador financeiro da campanha de Geddel Vieira Lima (PMDB) ao Governo da Bahia, o uso do cartão de crédito e do boleto bancário para as doações online ainda não foram descartados. “Nosso departamento jurídico está buscando uma solução para a questão do recibo eleitoral, que precisa conter o CPF e a assinatura do eleitor”, afirma. Segundo Falcão, o problema é que as operadoras que lidam com esse tipo de transação financeira não fornecem os dados do usuário.

Nas campanhas de Jaques Wagner (PT) e Paulo Souto (DEM), a captação de recursos online também “está sendo estudada”, mas não será utilizada “por enquanto”, segundo suas respectivas assessorias. O site da candidatura à reeleição do atual governador até possui uma sessão “Doações”, mas orienta o internauta a comparecer ao comitê central em Salvador para efetuar sua contribuição financeira.

No âmbito nacional, a assessoria da candidata Dilma Rousseff (PT) preferiu não se manifestar sobre a arrecadação através da internet por não haver “nada definido por enquanto”. Já a assessoria de José Serra (PSDB) não forneceu as informações solicitadas até o fechamento da reportagem, apesar dos contatos insistentes do A TARDE On Line.

Custos – O candidato Marcos Mendes (PSOL) pretende utilizar a internet para captar recursos, mas através de divulgação do número da conta corrente da campanha, para que os interessados contribuam através do débito em conta identificado. “O valor para efetuar o contrato com as operadoras de cartão de crédito é muito alto. Só vamos utilizar esse formato se a coordenação nacional do partido fechar um acordo incluindo as campanhas regionais”, afirma Ronaldo Santos, coordenador geral da campanha. Já os candidatos Carlos Nascimento (PSTU) e Sandro Santa Bárbara (PCB) pretendem contar com o apoio da militância para arrecadar doações.

Resistência - Para Mateus Freire, coordenador do curso de Marketing e Comunicação da Universidade Salvador (Unifacs), a tendência é que a doação de recursos para as campanhas continue sendo feita nos moldes tradicionais. “Primeiro pela resistência que as pessoas têm em colocar o número do cartão de crédito na internet. Além disso, não há uma cultura, entre os cidadãos comuns, de doar recursos para políticos”, avalia.

O professor acredita que apenas quem já tem algum tipo de laço com a política terá interesse em contribuir financeiramente. “Mesmo assim, essa atitude tem uma relação muito forte com o lobby e, geralmente, não é feita pela internet”, pontua. Freire pondera ainda que a iniciativa de partidos e coligações em pedir a contribuição financeira do eleitor pode soar comercial e até prejudicar a imagem do candidato.
 
Fonte: A Tarde Online

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